Este é o seu Evangelho. Nele está escrito que o amor é presença e é ausência, é torpor e consciência; que é descoberta e insciência; é morte e é renascimento; é amizade e é tesão; é tormenta e é regaço. Só porque é inapreensível. Por todos os avatares do amor, passeia sem medo o bardo, eviscerado e levitado como uma pluma. Como Caronte, viu as almas boas e as más, os deuses e os demônios. Como Pedro, fundou sobre si próprio sua Igreja e viu-se de volta a si mesmo na carne e no espírito de seus pais e de seus filhos. E vive o poeta em paz. Uma jornada que merece ser lida por todos os homens e mulheres que amam verdadeiramente.