Na peça Cachorro morto na lavanderia: os fortes, a premiada dramaturga Angélica Liddell ressuscita o gênero apocalíptico da política-ficção em um texto que nos permite refletir sobre as experiências totalitárias e é capaz de entrever as catástrofes rumo às quais o homem caminha. O texto, traduzido por Beatriz Sayad, tem em seu cerne um fragmento do Contrato Social, de Rousseau, e mergulha em discussões insólitas sobre a decadência ou a catástrofe das premissas sobre as quais se constroem o pensamento iluminista-ocidental: liberdade, igualdade, fraternidade, justiça e racionalidade.