Pensar, criar, escrever são atos de sacrifício autopunitivo. Cabe ao autor apertar e espremer a si mesmo para expelir gotinhas condensadas de idéias. Mundos Sem Sol é a simplificação nem sempre coerente de como e por onde tramita o pensamento criativo de José Roberto. Ele foi escrito à medida que a necessidade se fez presente e gritante, graças ao trabalho da Com-Arte, tomou forma e cara. Mundos Sem Sol é uma viagem a um Japão fantástico e estranho, cujo trajeto nem sempre é confortável, mas certamente é instigante e divertido. "Este livro nasceu da pinçagem de fragmentos de sonhos, de experiências infrutíferas, de lembranças nunca acontecidas, de pesadelos e de meus flertes com a loucura que me olha dali, na fresta da parede, me mandando piscadinhas e bicotas marotas enquanto me acena um convite sacana".