O propósito de rever uma panorâmica histórica que conquistou os favores do público só pode consistir em melhorar o livro e atualizá-lo, e não em reformulá-lo por completo. Se o leitor, porventura, conhece as edições anteriores, vai deparar com um livro substancialmente diferente, tanto no aspecto exterior como no conteúdo, muito embora o âmbito e a apresentação dos capítulos continuem a ser, no essencial, os mesmos. A inclusão da palavra ocidental no título reflete a consciência de que o sistema musical da Europa ocidental e das Américas é apenas um entre os vários existentes na diversidade das civilizações mundiais. O âmbito deste livro restringe-se, além disso, exclusivamente àquilo a que costumamos chamar "música erudita", se bem que este conceito não seja, como é sabido, muito preciso. A música popular, o jazz e outras manifestações comparáveis do passado foram também bastante elaborados, mas a nossa obra não pode ter a pretensão de dar conta da vasta gama de realizações musicais do Ocidente (que hoje são, elas próprias, objeto de estudos aprofundados), tal como não pode pretendê-lo o curso de história da música para o qual se propõe servir de guia.