Desde Hemingway, a figura do correspondente de guerra se inclui entre as que mais despertam interesse junto ao público: é sempre promessa de aventuras, descobertas e emoção. “Morte na primavera”, o primeiro romance de Andrew M. Greeley, não foge à regra. Só que, ao acrescentar à narrativa uma sutil análise psicológica e um drama de amor impossível, torna o apelo do protagonista irresistível. James O’Naill é um jornalista cujo passado lhe garantiu momentos de muita ação no front de alguns dos mais importantes conflitos de nosso século. Residente em Paris, esse americano de Chicago vive momentos de desencanto e crise existencial, que o álcool muitas vezes ajuda a afogar. É quando a trama deslancha, mesclando sexo, política e reflexões sobre um relacionamento que se torna, a cada passo, mais difícil.