Consagrado em vida pelo sucesso de A sangue frio, Truman Capote não se deu por satisfeito e radicalizou os princípios do jornalismo literário: em Música para camaleões, último livro que concluiu, o narrador divide a cena e a palavraAinda jovem, Truman Capote percebera que "havia uma diferença entre escrever muito bem e a verdadeira arte; sutil, mas devastadora". Na literatura como na intimidade, viveu sob o mandamento de apostar sempre mais alto. "Música Para Camaleões" (1980), ao mesmo tempo suma de todo o seu savoir-faire literário e aposta em novas formas de escrita, é a prova cabal disso. De fato, o sucesso de A sangue frio (1966) criara um dilema para Capote: como seguir adiante sem repisar as próprias pegadas? A resposta encontra-se nesse livro, que radicaliza o projeto do jornalismo literário. Livre da envergadura romanesca, do anonimato e da imparcialidade, Capote arrisca-se na exibição plena de si e dos outros em peças ágeis, onde personagens e situações se revelam com limpidez máxima, beirando a ficção, mal importa quem sejam.Ainda jovem, Truman Capote percebera que "havia uma diferença entre escrever muito bem e a verdadeira arte; sutil, mas devastadora". Na literatura como na intimidade, viveu sob o mandamento de apostar sempre mais alto. "Música Para Camaleões" (1980), ao mesmo tempo suma de todo o seu savoir-faire literário e aposta em novas formas de escrita, é a prova cabal disso. De fato, o sucesso de A sangue frio (1966) criara um dilema para Capote: como seguir adiante sem repisar as próprias pegadas? A resposta encontra-se nesse livro, que radicaliza o projeto do jornalismo literário. Livre da envergadura romanesca, do anonimato e da imparcialidade, Capote arrisca-se na exibição plena de si e dos outros em peças ágeis, onde personagens e situações se revelam com limpidez máxima, beirando a ficção, mal importa quem sejam.