A floresta amazônica chegou ao ano de 2020 marcada pela tragédia. Desde o malfadado dia do fogo (10 de agosto de 2019), apresentado de forma bizarra como manifestação de apoio a um presidente descompromissado com a preservação desse bioma, milhares de hectares de mata queimaram continuamente, dia após dia. As consequências ainda estão se fazendo sentir. As perdas em biodiversidade são difíceis de calcular, mas certamente afetam os ecossistemas e os meios de vida das populações rurais e ribeirinhas. Os impactos sociais e ambientais são denunciados diuturnamente em todo o mundo, de maneira inútil. A sociedade brasileira manteve-se (não apenas sobre esse tema) estranhamente impassível, ainda confusa e dividida desde a última campanha eleitoral dominada por desinformação e irracionalidade. Já a opinião pública internacional, movida pelo volume de informações que circulou nos veículos de notícias e nas redes sociais, pressionou seus governos a tratarem o Brasil com desconfiança [...]