Uma das vozes poéticas e narrativas mais interessantes de Portugal na contemporaneidade, Judite Canha Fernandes enreda o leitor em um labirinto construído com engenho e habilidade, no qual a voz da narradora se sobrepõe à voz de uma autora que gosta de itálicos diante de uma constelação de homens sempre iguais e diversos, uma sobreposição que muito bem lembra os movimentos de sístole e diástole. Tretas. O corpo é um lugar demasiado.