O Brasil completava 150 anos de sua Independência sob o peso de uma ditadura civil-militar que promovia as comemorações com discursos patrióticos conservadores e ufanistas. Isso era 1972. Qualquer semelhança com o discurso oficial que ronda as comemorações do bicentenário, agora em 2022, não é mera coincidência. 1822: Dimensões trazia naquele momento um jorro de discernimento e arrojo ao trazer a público uma visão crítica e muito mais ampla dos processos históricos que resultaram na declaração da Independência e suas amarras. A republicação do livro no bicentenário nos faz lembrar que um país se constrói com o debate franco, direto, extenso. E bem fundamentado.