Nesta sua estréia na ficção, Ruy Castro envolve Olavo Bilac num caso hilariante de espionagem industrial. Ao investigar a possível morte de seu amigo José do Patrocínio, Bilac vê-se enredado numa trama que inclui um fabuloso dirigível, um padre ambicNo começo desta história, que se passa no Rio de Janeiro, no início do século XX, Olavo Bilac está em seu posto de observação na calçada da célebre Confeitaria Colombo. De repente, uma manchete gritada por um jornaleiro interrompe os seus pensamentos: um negro encontrado morto em Paquetá pode ser o jornalista da Abolição José do Patrocínio, grande amigo de Bilac. Por causa disso, ele se mete numa trama envolvendo um fabuloso dirigível, inventado por Patrocínio e objeto da cobiça de dois aeronautas franceses e de uma traiçoeira espiã portuguesa. O cenário e a época de "Bilac Vê Estrelas" são reais: boa parte da história se passa nas ruas do Rio durante a agitada Belle Époque carioca, e os personagens também são de carne e osso. Mas o documentário é só o pano de fundo para a ficção.