A identidade de um povo se constrói ao longo do tempo, sob específicas condições econômicas, políticas, culturais, dentre outras variáveis. No caso sul maranhense, esse processo começa ainda em Portugal, quando houve uma série de reformas ilustradas na economia, na política, na educação e na própria cultura. Na busca por melhor aproveitamento das riquezas coloniais, a Coroa portuguesa passou a dar mais atenção à pecuária maranhense no início do século XIX. Ela enviou para cá Francisco de Paula Ribeiro, que registrou as potencialidades econômicas do sertão, com ênfase para a criação de gado. Destacou também a beleza da região, seus recursos naturais, a cultura sertaneja, e o antagonismo de grupos indígenas ao povoamento.