O livro também traz uma contribuição para o campo da antropologia da saúde, ao defender uma definição de risco ampliada em relação àquela da epidemiologia, que inclui, nas palavras da autora, ‘estilos de vida, visões de mundo, projetos individuais e coletivos e negociações cotidianas’. Nesse sentido, a análise de Jainara coloca-se na esteira de outros trabalhos que têm chamado a atenção para a polissemia da palavra risco e para a centralidade que essa categoria possui para compreender aspectos diversos das sociedades contemporâneas, especialmente no âmbito da saúde. [] Há vários motivos para recomendar a leitura deste livro. Trata-se de um trabalho sobre mulheres que mantêm relações sexuais e de afeto com outras mulheres, recorte que ainda continua minoritário no crescente campo de estudos LGBT. São muito bem-vindas pesquisas que lançam luz sobre esse universo, mais ainda quando trazem à baila contextos pouco evidenciados na literatura sobre o assunto, neste caso, [...]