"O movimento contemporâneo do capital, em resposta à sua crise, vem ampliando o sacrifício de largas faixas populacionais, particularmente de certos segmentos da população pertencentes às regiões do chamado capitalismo periférico. Isso porque esse movimento de mundialização financeira, em favor da valorização do capital, tem provocado significativos prejuízos ao trabalho e à satisfação das necessidades sociais. Dessa maneira, ao lado das comemorações de conquistas como a Declaração dos Direitos do Povo Trabalhador e Explorado, como a Declaração dos Direitos Humanos, como a Constituição da República Federativa do Brasil e o Estatuto da, Criança e do Adolescente, vivenciamos a destituição de direitos e a consequente intensificação das 'mazelas sociais'. Ou seja, evidencia-se a polêmica questão do real e do abstrato/formal no plano dos direitos, nos levando à premente discussão do 'ser' e do 'dever ser', a necessárias reflexões no campo dos valores, da moral e da ética, apontando nesse curso o horizonte da justiça social e o da emancipação humana."