Mesclando a análise da evolução das capas com a história do desenvolvimento do livro, dos editores e dos capistas, Ubiratan Machado oferece uma visão ampla e consistente da história do livro brasileiro do ponto de vista de suas capas. O autor costura a história das capas na trajetória das principais escolas literárias do período em tela, ressaltando as interações entre forma e conteúdo. Dessa forma, passamos pelo romantismo, pelo naturalismo, pelo simbolismo e vemos um grande quadro do modernismo. A alguns dos grandes artistas da capa são reservados capítulos inteiros: J. U. Campos, Di Cavalcanti, Belmonte, Dorca e, talvez aquele que seja pintado com as cores mais belas, Santa Rosa. Naturalmente, há todo um capítulo dedicado à obra infantil de Monteiro Lobato, artista de talentos múltiplos, cuja biografia se confunde com a história do livro na primeira metade do século XX.