Havia um ar carregado quando John Dos Passos entrou no quarto de Ernest Hemingway no Hotel Florida, em Madri. Hemingway estava furioso; Dos Passos, de guarda baixa. Eles foram testemunhar in loco a Guerra Civil Espanhola; entretanto, algo de mais pessoal estava acontecendo: assim como a própria Espanha, a amizade deles se desfazia e estava por um fio. Nesta surpreendente narrativa histórica, o aclamado escritor Stephen Koch discute esse breve período compartilhado pelos dois escritores e a ruptura que mudou a vida e a obra de cada um deles - e a própria literatura norte-americana. Mistério literário real escrito com uma atenção de romancista para os detalhes, O ponto de ruptura, de Stephen Koch, é a história de duas vidas na interseção de amizade e assassinato, amor e morte, literatura e história. Dos Passos, então considerado o porta-voz literário da nova geração socialmente engajada dos Estados Unidos - seu rosto fora capa da Time na semana em que estourou a Guerra Civil -, tinha Hemingway com um de seus melhores amigos. Mas suas personalidades eram muito diferentes: o temperamento calmo e o jeito dócil de Dos Passos faziam um agudo contraste com a virilidade estereotipada de Hemingway. Dos Passos provavelmente nem se dava conta da inveja que o amigo sentia dele - uma inveja que logo se transformaria num grande ressentimento. Para o escritor Russell Banks, O ponto de ruptura "é uma obra de história literária e política à altura de Homenagem à Catalunha e das melhores biografias de Hemingway e Dos Passos. Um importante estudo histórico da Guerra Civil Espanhola focado na amizade profundamente conflituosa entre dois gigantes da literatura norte-americana."