O livro Saber, poder e resistência em discursos sobre o professor no Brasil lança um olhar sobre a rede de enunciados a que estão submetidos os discursos sobre o professor no Brasil, em função de jogos de saber/poder e dos feixes de relações resultantes dos atravessamentos vários e das marcações históricas que constituem a materialidade dos enunciados. A partir de ferramentas extraídas da arquegenealogia foucaultiana, a autora propõe uma reflexão acerca dos saberes que comparecem na base dos mecanismos discursivos que objetivam e subjetivam o sujeito/profissional professor. Conceitos como arquivo, memória, descontinuidade, regularidade enunciativa, saber, poder, objetivação, subjetivação, poder pastoral e resistência fundamentam teórico-metodologicamente o tratamento dispensado a discursos que promovem algum tipo de categorização para o professor. A partir de um vasto arquivo, procurando enfatizar o entrecruzamento de saberes e práticas que sustentam a compreensão do que deve (...)