A trajetória do romance de formação no século de ouro da narrativa europeia. Neste livro extraordinário, Franco Moretti analisa o surgimento, o auge e a decadência do romance de formação, forma simbólica de uma modernidade fascinante e perigosa, na qual os representantes nada heroicos da nova classe média europeia buscam responder a uma questão fundamental: é possível uma vida feliz e com sentido? Sob o impacto da Revolução Francesa, Goethe e Austen buscam o difícil equilíbrio entre a liberdade individual e os constrangimentos da sociedade. As guerras napoleônicas abrem novos rumos para a prosa do mundo, e Moretti nos mostra que os heróis de Stendhal e Púchkin já não se adaptam aos ideais da normalidade. A rebelião torna-se um dever, e a juventude deve lutar contra os valores de um mundo maduro, porém medíocre. Quando as ilusões são perdidas, os heróis de Balzac aprendem em Paris as duras regras do jogo do mercado. Os personagens de Flaubert buscarão, no caos da guerra civil ou no tédio da vida provinciana, algum sentido para suas vidas vazias. Na Inglaterra a história é outra: nos romances de Fielding a Dickens, a formação não é mais o objetivo dessas pessoas comuns, que esperam da vida apenas justiça, sem transtornos nem revoluções. O gênero ainda respira nos jovens heróis de Musil e Mann, Conrad e Joyce, que lutam para sobreviver a professores sádicos, idealizando a infância e desprezando o inabitável mundo dos adultos. Um mundo que explodirá em 1914, destruindo os pressupostos estéticos e sociais do romance de formação e deixando ao leitor uma pergunta incômoda: é possível buscar ainda algum sentido para a vida, em meio aos traumas e às ruínas do mundo contemporâneo?A trajetoria do romance de formacao no seculo de ouro da narrativa europeia. Neste livro extraordinario, Franco Moretti analisa o surgimento, o auge e a decadencia do romance de formacao, forma simbolica de uma modernidade fascinante e perigosa, na qual os representantes nada heroicos da nova classe media europeia buscam responder a uma questao fundamental: e possivel uma vida feliz e com sentido? Sob o impacto da Revolucao Francesa, Goethe e Austen buscam o dificil equilibrio entre a liberdade individual e os constrangimentos da sociedade. As guerras napoleonicas abrem novos rumos para a prosa do mundo, e Moretti nos mostra que os herois de Stendhal e Puchkin ja nao se adaptam aos ideais da normalidade . A rebeliao torna-se um dever, e a juventude deve lutar contra os valores de um mundo maduro , porem mediocre. Quando as ilusoes sao perdidas, os herois de Balzac aprendem em Paris as duras regras do jogo do mercado. Os personagens de Flaubert buscarao, no caos da guerra civil ou no tedio da vida provinciana, algum sentido para suas vidas vazias. Na Inglaterra a historia e outra: nos romances de Fielding a Dickens, a formacao nao e mais o objetivo dessas pessoas comuns , que esperam da vida apenas justica , sem transtornos nem revolucoes. O genero ainda respira nos jovens herois de Musil e Mann, Conrad e Joyce, que lutam para sobreviver a professores sadicos, idealizando a infancia e desprezando o inabitavel mundo dos adultos. Um mundo que explodira em 1914, destruindo os pressupostos esteticos e sociais do romance de formacao e deixando ao leitor uma pergunta incomoda: e possivel buscar ainda algum sentido para a vida, em meio aos traumas e as ruinas do mundo contemporaneo?A trajetória do romance de formação no século de ouro da narrativa europeia. Neste livro extraordinario, Franco Moretti analisa o surgimento, o auge e a decadência do romance de formação, forma simbólica de uma modernidade fascinante e perigosa, na qual os representantes nada heróicos da nova classe média europeia buscam responder a uma questão fundamental: é possível uma vida feliz e com sentido? Sob o impacto da Revolução Francesa, Goethe e Austen buscam o difícil equilíbrio entre a liberdade individual e os constrangimentos da sociedade. As guerras napoleonicas abrem novos rumos para a prosa do mundo, e Moretti nos mostra que os heróis de Stendhal e Puchkin já não se adaptam aos ideais da normalidade . A rebelião torna-se um dever, e a juventude deve lutar contra os valores de um mundo maduro , porém medíocre. Quando as ilusões são perdidas, os heróis de Balzac aprendem em Paris as duras regras do jogo do mercado. Os personagens de Flaubert buscarão, no caos da guerra civil ou no tédio da vida provinciana, algum sentido para suas vidas vazias. Na Inglaterra a história é outra: nos romances de Fielding a Dickens, a formação não é mais o objetivo dessas pessoas comuns , que esperam da vida apenas justiça , sem transtornos nem revoluções. O genero ainda respira nos jovens heróis de Musil e Mann, Conrad e Joyce, que lutam para sobreviver a professores sádicos, idealizando a infância e desprezando o inabitável mundo dos adultos. Um mundo que explodirá em 1914, destruindo os pressupostos estéticos e sociais do romance de formação e deixando ao leitor uma pergunta incomoda: é possível buscar ainda algum sentido para a vida, em meio aos traumas e as ruínas do mundo contemporâneo?