Como é possível que diferentes vertentes da psicopatologia possam dialogar, cooperando, transformando-se e enriquecendo-se reciprocamente, de modo a engendrar novos saberes e novas práticas? Este livro permite vislumbrar a condição ética dessa interdisciplinaridade - a disposição para modificar-se à luz do outro, base para que a diversidade de especialidades transforme-se numa cooperação autenticamente pluralista e dialógica. O leitor poderá prosseguir o diálogo ali onde os textos revelam-se como um trabalho auto-interrogativo: mais que especialista, cada autor é um curioso, pesquisador aberto às diferenças interdisciplinares porque aberto às diferenças que lhe são interiores. Afinal, em psicopatologia, a aventura do saber é também a do autoconhecimento.