Partindo da tradição da literatura para crianças, Cantigas da Inocência e da Experiência transforma completamente o seu alcance. Ao recriar a vivacidade e a alegria da criança, ou o conhecimento da morte e do sexo, subtrai a essa tradição os seus símbolos prediletos e inventa novas imagens e ritmos do bem e do mal. Ao defraudar a lição moral da educação religiosa e da pedagogia racionalista, critica a função da poesia na reprodução social. Ao representar a formação da subjetividade e os estados contrários da alma humana, celebra a natureza livre do ser humano.