Tratar sobre o ensino superior brasileiro em relação ao movimento em torno do que se denomina por democratização, implica em configurá-la desde os anos 1950. A expansão está associada à interiorização, compreendido e explicado por um contexto demarcado pelos ideais de desenvolvimento industrial, urbano e tecnológico, evidenciados a partir dos finais da Segunda Guerra Mundial. A obra apresenta o processo de expansão e de interiorização do ensino superior no Estado de Goiás, Brasil, pela via da Universidade Federal de Goiás(UFG), criada em 14 de dezembro de 1960, a qual reuniu cinco cursos superiores então existentes. Trata-se aqui de privilegiar, em vista de uma delimitação, a criação de vários campi avançados pelo interior do Estado de Goiás e um no Estado do Piauí, entre 1972 e 1996. A UFG (sede) foi instalada no município de Goiânia-GO, em 1960. Em 1972 foi instalado um campus em Picos-PI; em 1980 os campi em Firminópolis-GO, Porto Nacional-GO, Jataí-GO, Porto Nacional-GO e, em 1983, em Catalão-GO, em 1994 em Rialma-GO e Cidade de Goiás-GO. O foco de tal perspectiva está na análise das ações da sociedade civil, das iniciativas de caráter acadêmico, e das ações desenvolvidas a partir dos diferentes municípios, através de seus atores sociais, que se envolveram nesse processo de democratização do ensino superior, ancorado pela instituição universitária federal em apreço. Foram salientadas especificidades regionais em tal extensão, expansão e interiorização associadas ao contraditório movimento da democratização da educação superior brasileira, presente desde os anos 1950 que aspirava superar o elitismo em tal nível de ensino. Nesse contexto, a universidade deveria se transformar em recurso de integração, desenvolvimento e segurança nacional, como convinha à ideologia dos governos, ao longo da história do Brasil, a partir de 1930.