Neste livro, Alain Badiou nos propõe uma leitura do século XX. Uma leitura que pode ser feita sob várias óticas: o século das Duas Guerras Mundiais, do Terror promovido pelas ditaduras comunistas e de direita, o século do Capitalismo, do mercado mundial e das democracias. Não se trata contudo nem de defender, nem de condenar o século XX. O consagrado filósofo francês pretende apenas deixar que, a partir do seu próprio devir, ele conte o que foi. Para isso, o autor recorre às obras literárias, aos fragmentos filosóficos, ao pensamento político e às peças teatrais do século XX. É através dessas vozes que o século fala de si mesmo num tom apaixonado. Emerge assim a grande paixão messiânica do século XX. A paixão do real, do verdadeiro, a ser conseguido aqui e agora a qualquer custo. O contraponto dessa paixão é a necessidade do semblante, uma espécie de representação teatral do real (ideologia), recurso necessário para sustentar e mascarar a verdadeira face cruel do real e sua barbárie, tidas como necessárias para o seu trágico acontecer. Um livro sem dúvida interessante, não apenas para entender o nosso presente, mas também para resgatar toda a riqueza e complexidade das manifestações do humano no século XX em sua dramática ambigüidade. Sobre o autor: Alain Badiou, filósofo, dramaturgo e romancista, ensina filosofia na École normale supérieure (Paris). Neste livro, Alain Badiou nos propõe uma leitura do século XX. Uma leitura que pode ser feita sob várias óticas: o século das Duas Guerras Mundiais, do Terror promovido pelas ditaduras comunistas e de direita, o século do Capitalismo, do mercado mundial e das democracias. Não se trata contudo nem de defender, nem de condenar o século XX. O consagrado filósofo francês pretende apenas deixar que, a partir do seu próprio devir, ele conte o que foi. Para isso, o autor recorre às obras literárias, aos fragmentos filosóficos, ao pensamento político e às peças teatrais do século XX. É através dessas vozes que o século fala de si mesmo num tom apaixonado. Emerge assim a grande paixão messiânica do século XX. A paixão do real, do verdadeiro, a ser conseguido aqui e agora a qualquer custo. O contraponto dessa paixão é a necessidade do semblante, uma espécie de representação teatral do real (ideologia), recurso necessário para sustentar e mascarar a verdadeira face cruel do real e sua barbárie, tidas como necessárias para o seu trágico acontecer. Um livro sem dúvida interessante, não apenas para entender o nosso presente, mas também para resgatar toda a riqueza e complexidade das manifestações do humano no século XX em sua dramática ambigüidade. Sobre o autor: Alain Badiou, filósofo, dramaturgo e romancista, ensina filosofia na École normale supérieure (Paris).