Dizer em voz alta cada um desses textos é descobrir que a poesia é um modo de brincar. Quanto segredo! reúne dois poemas de Celso Sisto: "A caixa de segredos" e "Roda de família". Podemos considerá-los também como duas pequenas histórias que expressam mistérios e segredos que deixamos guardados, muitas vezes em caixas, mas que também deixamos escapar no ímpeto das emoções, seja por meio de ações ou pela fala. Quem não gosta de baús e caixas onde pode guardar os seus objetos queridos e seus segredos? Em "A caixa de segredos", percebemos que todo mundo é assim, e que virar bicho quando alguém mexe no que é seu é algo mais comum do que se possa imaginar. Já em "Roda de família" viramos criança pequena, aquela que fica daqui pra lá e de lá pra cá, que vai e volta atrás de respostas para um monte de coisas, sem contar o constrangimento a que se sujeita, pois adulto adora fazer gente miúda de moleque de recado. Vê se pode isso? É com essa naturalidade que Celso Sisto cria seus ritmos poéticos e se confronta com o universo das crianças. As ilustrações de Bruna Assis Brasil complementam e engrandecem a obra.