Os textos de Marcelo Montenegro se deixam contaminar pela vertigem poética do cinema, sem que isso implique qualquer risco para sua natureza literária. [...] O resultado é um conjunto de imagens muitas vezes desconcertantes, como se Marcelo Montenegro avançasse de câmera em punho, arrolando o que o mundo tem de belo, triste, espantoso - espantoso sobretudo, que o espanto é matéria-prima, uma espécie de pré-sal da poesia."