A partir da análise de mil anos de história, aliada ao exame de evidências contemporâneas, Daron Acemoglu e Simon Johnson, professores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), mostram como o progresso depende das escolhas que fazemos sobre o uso e os avanços da tecnologia. Novos modos de organizar os processos produtivos e novas formas de comunicação podem, a princípio, se tornar a base de uma sociedade mais próspera e igualitária. Na prática, no entanto, esses avanços servem apenas aos interesses de uma pequena elite que detém os meios de produção e de poder. Ou seja: a adoção de mais tecnologia não implica necessariamente mais progresso. A riqueza gerada pelos aprimoramentos na agricultura durante a Idade Média, por exemplo, foi absorvida pela nobreza para seus próprios fins, enquanto os camponeses viviam à beira da inanição. Na Inglaterra, os primeiros cem anos de industrialização só entregaram salários estagnados e duras jornadas de trabalho aos operários, enquanto (...)