A proteção das baleias resultou no primeiro grande movimento ecológico em todo o mundo. Atualmente, restam apenas algumas centenas de baleias no mundo, apesar do crescente trabalho de conscientização, além da criação de áreas de preservação ambiental e de reprodução das baleias. Neste livro, a temática sobre a proteção das baleias resulta em uma pesquisa original de crítica construtiva sobre os objetivos da Comissão Internacional da Baleia, numa abordagem de políticas públicas a partir dos documentos jurídicos produzidos no plano da cooperação internacional. Mas também permite ao leitor navegar pelas principais questões pertinentes à proteção das baleias, apresentando um breve histórico da caça de baleias, traçando de maneira cronológica como a caça resultou em uma drástica redução do número de baleias mundialmente, até os recentes esforços em âmbito internacional que objetivam a preservação do meio ambiente marinho.  Este livro foi idealizado em duas partes. Na primeira, a autora traça uma análise do papel e atuação da Comissão Internacional da Baleia, um órgão intergovernamental criado em 1946 para regulamentar a caça de baleias, mas que, com o estabelecimento da moratória mundial da caça comercial de baleias em 1986, tem apresentado dois papéis divergentes: por um lado incentivando o desenvolvimento de atividades para a preservação das baleias, como o turismo de observação de baleias, e por outro lado facilitando ações que beneficiam os países interessados na retomada da caça comercial de baleias, como a manutenção de um processo decisório que dificulta a aprovação de santuários de baleias em âmbito internacional. Na segunda parte, para melhor explanar a atual situação da Comissão Internacional da Baleia, é feita uma análise sobre a proposta de criação de um santuário de baleias no Atlântico Sul, que vem sendo apresentada pelo Brasil desde 2001 nas reuniões da Comissão, mas que até hoje não alcançou sua aprovação.