O que uma imensa galáxia e uma xícara de chá têm em comum? A matemática. Para alguns essa palavra dá arrepios, para outros, como Einstein, soa como poesia. Em O UNIVERSO E A XÍCARA DE CHÁ, a colunista do Los Angeles Times K. C. Cole discute como a matemática pode ser empregada no mundo em que vivemos. Segundo Cole, a matemática nos permite traduzir a complexidade do mundo por meio de padrões mais maleáveis. É preciso compreender não as fórmulas e números abstratos e aparentemente sem significado que nos ensinam na escola, mas sim a lógica que subjaz, muitas vezes insuspeita, na maioria das situações de nossas vidas e cuja compreensão nos torna mais lúcidos e aptos a tomar decisões importantes. Além de alertar e aguçar nosso espírito crítico, K. C. Cole nos leva em uma viagem pelos aspectos mais belos e intrigantes da natureza matemática do mundo e da vida. Entre eles destacam-se perguntas com respostas surpreendentes. Descobrimos, por exemplo, que um grupo de matemáticos não apenas provou que muitas vezes é possível fazer partilhas de bens de forma a que todas as partes terminem satisfeitas, como também criou e patenteou o método da "divisão em partes livres de inveja". Cole revela também, através de teoria de jogos, de que nosso processo eleitoral democrático, com votações em dois turnos, não possui a justiça absoluta que em geral lhe imputamos. Por outro lado, descobrimos que não há nenhum processo com essa característica e nos tornamos aptos a reconhecer as vantagens e desvantagens de cada método. Na última parte, percorremos o mágico terreno das simetrias e das leis fundamentais e imutáveis da natureza tais como causa e efeito, indício e prova, verdade e beleza. Descobrimos assim as inesperadas relações entre a beleza de um floco de neve e as leis que controlam o universo. Cole nos mostra que beleza e verdade são dois lados da mesma moeda.