William Styron é um autor que conheceu a glória e a depressão. A glória veio com os bestsellers As confissões de Nat turner e A escolha de Sofia. Em 1985 veio a depressão. Os problemas com álcool, comportamento agressivo e tendência ao suicídio levaram Styron a ser internado. Uma manhã em Tidewater é autobiográfico, escrito durante os anos 80, entre os dois lados da depressão. São três novelas, que recuperam suas memórias de infância e de guerra, criadas originalmente para a edição americana da revista Esquire. Em “Uma manhã em Tidewater”, Styron prova novamente que é dono de um estilo obsessivo em relação à técnica. Para o autor, linguagem, personagens e narrativa formam uma unidade inseparável. Seguindo a tradição de grandes mestres, Styron sempre buscou personagens marcantes como o rebelde Nat Turner e Sophia Zawistowska. Agora podemos acrescentar Paul Whitehurst a essa galeria.