Em outro livro de tirar o fôlego, um dos grandes nomes do jornalismo americano se volta a um julgamento aparentemente solucionado, mas que, sob seu olhar agudo e faro apurado, será posto em xeque.O caso parece ser muito simples: tudo leva a crer que a médica Mazoltuv Borukhova, judia ortodoxa da seita bucarana - uma mulher bonita, estranha e enigmática -, mandou matar o marido porque perdeu a guarda da filha na separação do casal, que vivia no Queens, em Nova York. É o que pensam a família da vítima, os jornalistas, a promotoria e a opinião pública. E até mesmo o juiz, que espera uma solução rápida da questão para passar as férias no Caribe. Mas para o olhar agudo e perscrutador da autora, nada é muito claro, nem exatamente o que parece. Para ela, há um paradoxo: por tudo que sabemos, Borukhova não poderia ter cometido o crime e, no entanto, tudo leva a crer que o cometeu. A edição traz, ainda, uma longa entrevista com a autora Janet Malcolm, um dos maiores nomes do jornalismo americano.