A presente obra investiga as características da população livre que contraiu matrimônio em Porto Alegre, extremo sul do Brasil, no período colonial e Imperial (1772-1835). Nesse contexto, compreende-se a importância do casamento como sacramento e, também, como evento civil ¿ isso porque, nos registros paroquiais da Igreja Católica, até o inicio do período republicano, tais assentos tinham, também, um caráter oficial, do ponto de vista do Estado. Além disso, segundo os padrões vigentes pela Igreja e pela sociedade, as uniões sacramentadas pelo pároco significavam a institucionalização do casamento e a criação de uma nova família, assim como simbolizavam um código de conduta e uma série de preceitos a serem seguidos antes e depois do ato matrimonial.