Nunca dantes o mundo foi tão antipoético como nesse século 21. Este é um tempo que nos dói. Navegando por mares revoltos, não temos mais bússolas; pelos oceanos da indiferença, os ancoradouros são raros, e o porto seguro se distancia. A violência nos espreita a todos, construindo um duro cotidiano de tóxicas incertezas e mal-estar. Qual é o nosso ponto de chegada? Por que se corre tanto? Como viver o amor? O que deve ser ensinado às crianças? Quais as certezas que temos? "PELAS VARANDAS AMENAS DO OUTONO" é um sopro de humanidade como que a nos dizer que é possível resistir. Abrir algumas brechas de suavidade pelo caminho. Oásis onde se possa respirar um ar mais limpo e uma vegetação de onde brotam labaredas de paz. Mas, contrariamente ao que seria esperado, a autora não sobrevoa as contradições e a inquietude que povoam seu mundo. Múltipla, ela remete a indagações existenciais como fraturas expostas, abre um leque que vai desde as inevitáveis dores da vida até pequenos (...)