O engenheiro agrônomo Gastão Moraes da Silveira, autor deste livro, ensina que quanto menos se mexer no solo, resgatando e agredindo a terra, melhor para a sua proteção e para conservação dos seus valores nutritivos. Essas operações só se justificam em situações de grande necessidade, para a eliminação de ervas daninhas, que concorrem com a cultura plantada; na preparação do solo para receber sementes e fertilizantes ou na execução de práticas conservacionistas para evitar erosões, e armazenar água. Podem também romper as camadas compactadas, preparar áreas para irrigação e para nivelar o terreno. Fora disso, o melhor que se tem a fazer é deixar a terra em paz. Algumas regiões do Brasil já estão enfrentando problemas com a excessiva manipulação mecânica do solo. Para essas áreas o livro, Preparo do Solo: Técnicas e Implementos recomendam o uso de processos menos agressivos que propiciem um casamento perfeito entre máquina e solo. Assim esta obra ensina o homem do campo a função exata de cada equipamento em relação ao solo que vai preparar e à cultura que vai plantar e como devem ser trabalhados o solo úmido e a terra de encosta ou terrenos inclinados. Vai conhecer de fio a pavio, as formas mais correta de operar os mais variados tipos de arados e grades, o rolo destorroador, o prancão nivelador, enxadas rotativas, sulcadores e roçadoras. A máquina agrícola - faz questão de ressaltar sempre o autor do livro - tem lâminas de dois gumes: tanto pode concorrer para elevar a produtividade, como para a destruição da terra. Este é um dos principais ensinamentos oferecidos por este livro, que contribuirá para um melhor relacionamento do homem com o solo. Uma proposta muito séria, por sinal, pois desse entendimento depende a sobrevivência de ambos.