Este livro aborda a trajetória de duas bandas de rock - Joy Division e New Order, destacando as formas de "ver" e "sentir" de diferentes grupos e gerações de fãs. Em comum e como ponto de partida apenas a mesma origem de ambas. Ironicamente, o New Order nasceu após a trágica morte do vocalista e letrista do Joy Division, Ian Curtis, em 1980. Em Joy Division / New Order. Nada é mera coincidência, a autora traça um paralelo entre os textos musicais e os contextos políticos, sociais e econômicos. Assim, quando afirma que "nada é mera coincidência" pretende mostrar que os movimentos de cultura e contracultura - seja na música, na literatura, no cinema ou na pintura - não acontecem por acaso. Eles estão intrinsecamente relacionados e refletem a sociedade na qual as bandas estão inseridas. A revolta visceral do punk, a angústia niilista do pós-punk, o transe coletivo da música eletrônica. Os nossos valores, as nossas preferências musicais, a nossa consciência de ser e estar no mundo não surgem da noite para o dia. Somos o resultado de séculos de acontecimentos e conhecimentos. E, sobretudo, somos feitos de música e poesia. Contemporânea, viva e pulsante, a história delineada no livro é também a sua, a minha, a de todos nós.