Uhuru significa Liberdade na língua swahili, comum entre escravos trazidos do norte africano. O livro Uhuru é contado em dois tempos, mostrando paralelos entre as histórias de Muzamba e de seu descendente, Uhuru. De um lado Muzamba é trazido à força ao Brasil logo após a Boxwêra, cerimônia que marca o início da maioridade nas tribos dos Bantos, e é forçado a uma vida de escravidão, sob o jugo dos feitores. Do outro, Uhuru vive uma vida em teórica liberdade, mas também é oprimido pelo ambiente em que vive, de maneira geral, e em particular pelos garotos que promovem bullying com ele na escola. Enquanto Muzamba precisa lutar para conseguir sua liberdade, Uhuru precisa lutar para descobrir suas raízes e, com isso, seu orgulho e sua capacidade de lutar contra aqueles que o oprimem. Uhuru, enfim, é uma história que remonta ao passado para discutir temas cada vez mais atuais, como o preconceito racial, o bullying nas escolas e a luta das classes econômicas mais baixas por uma vida justa.