Como acontece a aprovação da agenda política por medidas provisórias (MPs) no Brasil? No que querem interferir os congressistas e como o fazem? Qual é a taxa de sucesso dos parlamentares? Como o Executivo reage a isto? A discussão do livro se insere no já tradicional debate sobre o sistema político brasileiro. O livro trata das tentativas de interferência do Congresso nas MPs. Considerando os poderes legislativos que a Constituição de 1988 destinou ao Presidente da República no Brasil o poder de editar Medidas Provisórias dotou o Executivo de um grande poder de agenda, mas não retirou do Congresso Nacional a prerrogativa de monitoramento da ação do Executivo. O livro discute as teses sobre o sistema político brasileiro que trataram desse jogo entre o Presidente e o Congresso quanto às Medidas Provisórias. As emendas propostas às Medidas Provisórias através dos Projetos de Lei de Conversão (PLVs) são o referencial empírico do livro. O recorte utilizado na análise contempla o período posterior à EC 32/2001 até o fim do ano de 2010. Essa Emenda Constitucional modificou o rito de tramitação das MPs e alterou os parâmetros da barganha entre os poderes, abrindo espaço para um novo ordenamento na tramitação das MPs. O livro levanta as hipóteses explicativas para a aprovação dos PLVs, principalmente referidas às regras formais e informais que interferem no processo. A conclusão aponta para a possibilidade de que os Projetos de Lei de Conversão se configurem como "janelas de oportunidade" legislativa aos congressistas para fazer mudanças incrementais nas Medidas Provisórias editadas pelo Executivo.