A voz de Alan Moore, como o fogo, queima, transforma. Chama à realidade de um mundo onde nada permanece igual apesar de seus habitantes-personagens caminharem para um mesmo e inexorável destino. O fogo da voz percorre quase 5 mil anos, queimando sempre no mesmo local. Está presente em cada capítulo, interligando-os em uma teia cuja aranha - o teclado do autor - mostra as presas ao final para queimar as mãos e a alma de seu criador e de todos aqueles que se aventuram a se aproximar dele. 'A Voz do Fogo' não se cala nunca. Apenas queima, sem dor.