Como viver e que fazer da minha vida? A resposta moderna para esta interrogação de sempre é a vocação - a vida realiza um indivíduo através de uma actividade com a qual ele se identifica, e essa actividade de sua escolha corresponde à sua natureza, expressa-o, realiza-o e define-o. Judith Schlanger apresenta uma reflexão sobre a vocação moderna, a versão laica da vocação religiosa. Se "tornar-se si mesmo" é o axioma liberal por excelência, "que fazer da minha vida" é o próprio grito do individualismo democrático. Significa conseguir, simultaneamente, o pleno desenvolvimento e a subsistência, a identidade e o sustento. Desde o romantismo que a vocação moderna por excelência é a do artista. É também, num plano secundário, a do cientista. E é sobre a vocação de saber que se questiona esta obra. Como entender esse desejo de se consagrar ao conhecimento que, para alguns, comanda e organiza a sua existência? Passagens muito diversas, filosóficas e literárias, permitem ter uma perspectiva dessas imagens da vida, importantes na nossa cultura e para cada um de nós. Uma obra bem documentada e de leitura fácil que toca numa questão fundamental: num mundo em mudança rápida, como conceber e realizar a sua vocação? JUDITH SCHLANGER é professora na Universidade de Jerusalém. É autora de um grande número de obras.