A preta tinta que marca passos-palavras-poesia de Marli de Fátima Aguiar é da mesma cor de sua pele re-tinta. Passos que vêm de longe, com as raízes da ancestralidade, em palavras que evocam saborosas memórias de Itapuã em poesia. Nestas páginas, há política. Tem também amor. Tem desejo. Tem quarentena. E tem a lua. Cheia. Há tristeza também. Um emaranhado de sentir condensado em poema que me evoca Conceição Evaristo e Rupi Kaur. Mas com marcas autorais de estilo e assinatura próprias. Eu, que já era apaixonada pela narradora Marli, transbordo agora com a poeta. Bianca Santana é Jornalista, Militante Feminista, integrante do Movimento Negro, na UNEafro Brasil e na Coalizão Negra por Direitos. Escritora, autora do livro Quando me descobri Negra.