Hoje, numa Internet 2.0, um novo ciclo de lutas renasce a partir das ocupações e dos protestos de rua no Brasil e no mundo. As pessoas acampam em praças, acampam em ruas, acampam em assembleias legislativas, ao mesmo tempo tuítam, filmam, postam tais atos, gerando comoção e emoção nos seus seguidores e amigos nas redes sociais. Os protestos no Brasil e no mundo permitiram que a hipótese central deste livro se confirmasse: rua e rede se interpenetram e fazem emergir uma política colaborativa, direta e em tempo real. E possui relação intrínseca com as práticas de compartilhamento peer-to-peer, abertas pelas gerações ciberativistas das comunidades virtuais e grupos de discussão dos anos 80; pela radical cultura hacker do vazamento de códigos e informações que amplia o livre fluxo da informação.