Eugenio Montale (1896-1981) criou alguns dos mais belos versos da literatura mundial. Marisa Pelella Mélega analisa textos do poeta italiano e de autores que fizeram de sua obra objeto de crítica. A partir dessas leituras, propõe sua própria hipótese interpretativa, com o aporte da psicanálise contemporânea. A autora encontra na poética de Montale subsídios para pensar a passagem do tempo, a finitude da vida, a angústia da separação e, sobretudo, a emoção como centro da experiência humana. Sumário Introdução 1. Por que Montale? Limoni / Limões2. Montale: Poeta, Escritor, Jornalista, Tradutor, Crítico, Cidadão 3. A Criatividade Poética e a Concepção de Poesia: Montale crítico de si mesmo Felicità Raggiunta / Felicidade GanhaBagni di Lucca / Banhos de Lucca4. A Poesia de Montale como Objeto de Crítica: Considerações Metacríticas Avrei voluro sentirmi scabro de essenziale / Queria ter-me sentido ásperoPotessi almeno costringere / Pudesse ao menos fixarIl Balcone / O BalcãoBrina sui vetri / Geada nos vidrosVerso Vienna / Para VienaMeriggiare pallido e assorto / Meridiar palido o absordoPortami il girasole / Traga-me o girassolDerelitte sul poggio / Desvalidas na EncostaDissipa tu se lo vuoi / Dissipa tu se o queresGodi se il vento ch’entra nel pomario / Goza se o vento que entra no pomarTentava la vostra mano la tastiera / Tentaram vossas mãos o tecladoCasa sul mare / Casa sobre o mar5. A Criatividade Vista pela Psicanálise 6. Entre o Sonho e a Poesia: Concepções Poéticas e Imagens Oníricas em Montale Cigola la carrucola del pozzo / Rilha a roldana do poçoNon recidere, forbice, quel volto / Não corte, tesoura, aquele vultoIl ramarro, se scocca / O Lagarto, se espoucaDue nel crepuscolo / Dois no crepúsculoFontes dos Poemas Bibliografia