O processo de envelhecimento da população constitui um fenômeno mundial. O Brasil segue essa tendência tendo atualmente aproximadamente 20 milhões de idosos, o que representa mais de 10% da população. Além do aumento no número de idosos, amplia-se também a esperança de vida, consequência da diminuição da taxa de mortalidade e de natalidade. Esse fenômeno de envelhecimento populacional é extremamente complexo e não pode se restringir apenas a reflexos demográficos, mas exige entendimento de diferentes aspectos, entre os quais: biológico, social e psicológico. Para maior esclarecimento torna-se imprescindível o estudo das teorias sobre o envelhecimento. Na sociedade brasileira, percebe-se um culto à juventude e em decorrência uma desvalorização e discriminação da velhice. Entretanto, esse panorama está se modificando, por um lado com o registro de um número maior de idosos que aos poucos reclamam a situação discriminatória e de vulnerabilidade das quais são vítimas, reivindicando seus direitos como cidadãos; por outro, surge um novo idoso, mais ativo, integrado, informado e participativo socialmente. Os objetivos dessa obra são refletir sobre o processo de envelhecimento e da velhice enquanto etapa da vida; apresentar as principais teorias do envelhecimento nos âmbitos biológico, social e psicológico; identificar a situação demográfica desse segmento etário no Brasil e as principais políticas públicas que amparam os idosos na nossa sociedade para a garantia do respeito aos direitos e ao exercício pleno da cidadania. Composto por quatro capítulos, o livro aborda fundamentos teóricos relevantes para o entendimento da pessoa idosa. Paralelamente busca, de maneira intencional, suscitar a curiosidade de estudiosos para que se preocupem e se mobilizem para efetivação das políticas públicas elaboradas para essa faixa etária, que ainda apresenta um descompasso entre o que está previsto em lei e o que é praticado, e também se empenhem para a ampliação de mais ofertas de programas e intervenções educativas voltadas para o idoso. Parafraseando Paulo Freire: "Somos velhos ou novos muito mais em função da forma como entendemos o mundo, da disponibilidade com que nos dedicamos, curiosos, ao saber cuja conquista nunca cansa e cujo descobrimento nunca nos deixa passivos e insatisfeitos". Esperamos conquistar cada vez mais estudiosos e pesquisas científicas sobre o tema em busca do fortalecimento de um novo Paradigma da Velhice, emergindo um idoso mais ativo que aos poucos tem sido esboçado no cenário nacional.