"Deve-se ler as letras de canções como se fossem poemas? É possível, no caso de canções cujas melodias estão fortemente atreladas às letras, dissociá-las no momento da leitura? Ou a intenção dos organizadores dessas compilações é contribuir para o sucesso das rodas de violão, garantindo que todos possam entoar as letras das canções?" Essas e outras questões postas pelo autor perpassam as páginas deste livro, onde Lauro Meller, adotando um tipo de análise em perspectiva diacrônica, com instrumental teórico apurado, debruça-se com argúcia sobre seu objeto de estudo, ou seja, a produção de alguns cancionistas brasileiros que, ao longo dos tempos no Brasil, desde o século XVIII, dedicaram-se a esse gênero híbrido de arte. [...]