Na Noruega, ninguém sai da mesa sem agradecer pela comida. Takk for maten, eles dizem. Ou, em bom português brasileiro, Obrigado pela comida. Nesta exploração apaixonada pela comida, o poeta Jon Ståle Ritland ressignifica os alimentos através de sua poesia. Afinal, como pergunta Joyce Carol Oates: Se comida é poesia, poesia não é comida também? Para Ana Estaregui, que assina o posfácoio dessa edição, pelos poemas de Jon Ståle Ritland somos levados através dos fiordes, entramos num barquinho a remo no lago Ritland, sentimos o cheiro das enguias defumadas e o aroma acre dos porões escuros onde se maturam queijos enrolados em trapos de linho.