A obra esmiuça a intervenção do governo de Getúlio Vargas no jornal paulista durante o Estado Novo, entre 1940 e 1945. Este episódio, como mostra o autor, é considerado pelos atuais herdeiros do jornal um hiato na história do periódico, que, sob estas circunstâncias, continuou circulando diariamente pela manhã e à tarde. A coluna Notícias do Rio, criada pouco antes da intervenção e ampliada depois dela, foi o foco da pesquisa justamente por acompanhar a política nacional. Deste modo, em conjunto com outros órgãos varguistas de comunicação em especial o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) , O Estado de S. Paulo contribuiu para consolidação da figura do líder estadista, criando e divulgando materiais favoráveis ao governo. Um aspecto importante que o livro explora, por exemplo, foi o papel fundamental que teve a imprensa brasileira, inserida na situação política interna de uma ditadura, na justificação do envio dos pracinhas à Segunda Guerra.