Uma matemática que se tornou antropóloga, nascida em Portugual, educada na França e no Brasil, onde, depois de pesquisas de campo e de arquivo na Amazônia e na África Ocidental, assumiu altas posições acadêmicas, para então se tornar professora em uma universidade norte-americana altamente respeitada, Manuela Carneiro da Cunha fez do que chama de "interface" cultural- a mediação da alterdade- a obra de toda uma vida e o fio condutor de sua extraordinária antropologia.