"O livro Gênero e práticas econômicas comunitárias na produção do espaço das favelas no Rio de Janeiro interroga o uso de acepções hegemônicas dos conceitos de empreendedorismo e de informalidade responsáveis pela instrumentalização e mercantilização de saberes e habilidades desempenhados, sobretudo, por mulheres. Além de invisibilizar outras dimensões geradoras de desigualdades sociais refletidas nas estruturas ocupacionais dos países, essa tendência oculta a percepção de uma pluralidade de motivações e racionalidades subjacentes à realização dessas experiências econômicas. Dialogando com os conceitos de microempreendedorismo de raiz popular (formulado a partir de uma perspectiva crítica à generalização da aplicação do termo empreendedorismo a experiências ligadas à pequena produção mercantil em Portugal) e de interseccionalidade (com origens no pensamento feminista negro nos Estados Unidos da América), [...]