No início do século XX, o movimento litúrgico colocou progressivamente a questão litúrgica no interior da consciência e da vivência eclesiais, processo que culminou na reforma sistemática da liturgia ordenada pelo Concílio Vaticano II e que as sucessivas gerações eram chamadas a receber. Em relação à reforma litúrgica, alguém poderia ser levado a pensar que, uma vez revistos os livros litúrgicos e assumida a tarefa da pastoral litúrgica e da inculturação, se trataria agora pura e simplesmente de colocar em prática o que nossos antecessores conseguiram. Mas essa forma de entender o fenômeno tem algumas limitações. Diante dos cinquenta anos de promulgação da Sacrosanctum Concilium, pretende-se nesta obra dar algum contributo para a superação dessas limitações, questionando o modo como a reforma litúrgica foi recebida e implementada. Como se colocava a questão litúrgica antes da reforma? Até que ponto ela constitui de fato uma resposta à questão litúrgica? [...]