"Totó, eu acho que não estamos mais no Kansas", disse Dorothy depois que sua casa pousou em OZ. E ela permanece certa até hoje. As forças que empurraram as práticas comerciais do século XX foram completamente transformadas pela tempestade de conectividade. Fomos transportados para uma nova era, impulsionada por serviços e na qual inovação não é mais sinônimo de silício, mas fruto da colisão entre o novo e o relevante. Nesse cenário, o resgate do "eu" construtor, ativista, empreendedor, se torna condição fundamental de sobrevivência para nossa espécie. Esse livro conceitual e prático propõe a construção de um modelo de empreendedorismo que foge da lógica industrial do "produzir e vender". E, ao contrário, se estabelece sob uma plataforma relacional, turbinada pela integração entre o Design Thinking e a Lean Startup, e alavancada em cima do pensamento do servir. Quando algumas pessoas afirmam que Design Thinking está acabado, foi morto ou está preso no passado, eles revelam que não compreenderam completamente o que a expressão significa. Essas pessoas somente veem Design Thinking como uma das formas mencionadas acima, e na maioria das vezes, são também aquelas que nunca arregaçaram as mangas para praticar Design. Vivemos em uma transição de uma era industrial para uma economia de compartilhamento, na qual as pessoas optam por não possuir as coisas e, em vez disso, escolhem modelos mais colaborativos de consumo. O design apresenta um papel fundamental em promover e garantir caminhos para essa transição. Dessa forma, distancia-se muito de estar morto!