O poeta paulistano Régis Bonvicino (1955) iniciou sua carreira literária em 1975. Desde então, consolidou-se como um dos mais importantes nomes da poesia brasileira contemporânea, que atinge uma rara densidade em Estado crítico . Em seu texto de contracapa, o consagrado poeta norte-americano Charles Bernstein refere-se a Bonvicino como " flâneur do século XXI", com suas "duras narrativas do dia a dia"; o crítico e professor de literatura da Unicamp, Alcir Pécora, acrescenta no texto da "orelha": " voyeur da enumeração caótica das coisas". Em suma, a dura enumeração caótica do mundo contemporâneo vertebra a linguagem poética de Estado crítico , que por sua vez culmina não apenas a obra de Bonvicino como a mais importante vertente da poesia brasileira contemporânea, aquela que mantém vivas as lições mais lúcidas e ásperas dos modernismos.