Nesta obra, reunimos estudos que por meio de diferentes chaves conceituais analisam a atualidade do pensamento de Immanuel Kant, Max Horkheimer e Theodor Adorno. Ao nos debruçarmos sobre seus escritos, observamos que tanto Kant quanto Adorno e Horkheimer nos ensinam que a humanidade não tem pregnância com a barbárie e que a ética da igualdade, da justiça e da humanidade nos conduz ao exercício alteritário da solidariedade, isto é, de nossa máxima humanidade. Entendemos que a educação para autonomia não é feita de postulados, mas sim da individuação, da experimentação da experiência racional, da possibilidade de transgredir, de contrariar o instituído. Ao se libertar de ditames didáticos e de retóricas pedagógicas esvaziadas, a educação cumpriria o seu propósito de propiciar a experiência autônoma, subvertendo a lógica da dominação que reprime e castra a experiência. Eis a dialética da experiência, em que a oposição sujeito e objeto é imanente, pois ambos se configuram parte do mesmo, no conceito e na negação do próprio conceito. A negação frutifica as possibilidades de entendimento, já que é uma operação metodológica de desvelamento, de subsunção do aparente na eclosão do real. O sujeito, ao se empoderar, supera a semiformação e as mazelas dela oriunda, pois consegue realizar seus próprios esquematismos sem a tutoria de ninguém, pois sua consciência não é coisificada, mas sim livre, e sua experiência, autônoma.