Como historiador vejo a memória como algo suspeito, pois o memorialista é quase sempre uma testemunha de si mesmo; até quando é testemunha de algo de que não participa, é somente plateia de um acontecimento que lhe pode parecer simpático ou avesso. É por isso que não há verdade absoluta, uma vez que todas as verdades são relativas a um determinado parâmetro, no caso o juízo de valor do memorialista.